domingo, 21 de abril de 2013

A mentira do aborto "seguro"

O julgamento do Dr. Kermit Gosnell e as denúncias contra clínicas da IPPF desmascaram a falácia do aborto seguro

Réplica de um bebê de 12 semanas de vida
Você consegue identificar a imagem acima? Trata-se da réplica de um bebê na 12a semana de gestação. Como se pode observar, é um ser humano em desenvolvimento, mas que já apresenta todas as características para defini-lo como tal. Ninguém que tenha o mínimo de sensibilidade poderia negar que aquele ser pertence à espécie humana e que possui seu valor. No entanto, há quem professe o contrário e advogue a morte dessas criaturas por serem, talvez, "biologicamente" inferiores.

A recente decisão do Conselho Federal de Medicina de defender a legalização do aborto até a 12a semana de gestação é, neste sentido, no mínimo embaraçosa. Primeiro, porque a ideia de aborto "legal e seguro" é falaciosa, pois ele sempre resulta em uma morte. Segundo, porque os números de abortos apresentados pelo SUS estão muito aquém daqueles propagados pelos grupos pró-escolha, na intenção de criar um alarme sobre a saúde pública. Além disso, como questiona a Dra. Lenise Garcia neste debate na TV Câmara, "o que se muda da 12a semana para 13a terceira pra que na 12a ele (o feto) não seja pessoa e na 13a terceira ele seja?"

Na verdade, o que se pode observar é que propostas deste naipe funcionam mais como um navio quebra-gelo para que, aos poucos, sejam introduzidas novas possibilidades de abortamentos "seguros". Foi assim que aconteceu em outros países como Espanha e Portugal que hoje sofrem com uma quantidade imensa de garotas que já se submeteram ao aborto. Isso cria uma falsa sensação de segurança e o aborto passa a ser usado como método contraceptivo e motor de indústrias do ramo.

Assim, quando se cria uma cultura da morte, não importa se o aborto será "seguro" ou "inseguro", desde que ele seja feito. É o que ocorre, por exemplo, no caso da pirataria. As moças que não recebem apoio em caso de gravidez indesejada irão procurar o primeiro picareta que estiver disposto a arrancar o filho de seu útero. E se o Estado é negligente mesmo agora em que a lei proíbe o aborto, que dirá se ele for legalizado? Quem impedirá essas mulheres de caírem nas mãos de maus médicos e oportunistas?

Dr. Kermit Gosnell
O alarme deve ser tocado, sobretudo quando ocorre nos Estados Unidos um dos julgamentos mais dramáticos dos últimos anos. O caso do Dr. Kermit Gosnell, acusado de matar bebês nascidos vivos, após tentativas de abortos mal sucedidos, em sua clínica na Filadélfia, Estado da Pensilvânia. Gosnell atendia mulheres que queriam abortar mesmo depois da 24a semana de gestação, algo proibido pela lei estadual. Não bastasse isso, além de não ser obstreta, nem ginecologista, o médico realizava os procedimentos em péssimas condições higiênicas e sanitárias.

Os métodos usados por Kermit Gosnell eram, no mínimo, chocantes. Segundo relatos de um ex-funcionário do aborteiro, quando a criança nascia viva, o médico a decapitava, perfurando a parte de trás do pescoço, a fim de cortar a medula espinhal da criança. A polícia encontrou no local restos de 45 bebês, alguns em latas de leite ou garrafas de água. Apesar da importância do processo para o debate público sobre a questão, a mídia, de forma geral, quase não tem dado atenção ao assunto.

A Planned Parenthood (IPPF) - a multinacional do aborto - também está na mira das autoridades, desde que uma série de acusações sobre más condições de suas clínicas surgiram no Estado de Delaware, Estados Unidos. De acordo com relatos de ex-enfermeiras da IPPF, publicados no portal Frontpage Mag, "Planned Parenthood precisa fechar suas portas, precisa ser limpa".

"Aquilo simplesmente não é seguro, não tenho como descrever o quão ridiculamente inseguro é", declarou a enfermeira Jayne Mitchell-Werbrich, que trabalhou no local. De acordo com ela, até as mesas de cirurgias onde as pacientes se deitavam não eram higienizadas, sequer limpas. O mesmo alegou outra ex-enfermeira da clínica, Joyce Vasikonis: "Eles (os pacientes) podem pegar hepatite, até AIDS".

Esses exemplos são suficientemente claros para perceber o malicioso engodo da campanha pelo aborto "legal e seguro". Além da crueldade contra as crianças que serão vítimas desse crime, as mulheres estarão submetidas a tratamentos duvidosos que podem produzir sequelas para o resto da vida. Há que se questionar, portanto, as reais intenções desses grupos pró-escolha que, como se sabe, são fartamente financiados por fundações internacionais interessadas no controle da natalidade. O que parece é que se quer obter lucros à custa da miséria e do sofrimento dos menos favorecidos. Isso não é preocupação com a saúde pública, isso se chama oportunismo!

Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

sábado, 6 de abril de 2013

Casagrande e seus demônios


Alguns filhos da literatura russa eram especialistas em demônios. Trechos perturbadores de obras de Dostoiévski e Tolstoi, por exemplo, usavam este simbolismo demoníaco para representar o sofrimento humano. Quando terminou Brasil 1 x 1 Rússia, no último 25/3 em Londres, Casagrande desabotoou o terno de comentarista, suspirou feliz com o dever cumprido e comemorou, sem ninguém saber, mais uma vitória sobre seus demônios brasileiros.

Craque do Corinthians, Caldense, Seleção, Porto, Ascoli, Torino, Flamengo, São Paulo, Walter Casagrande Júnior, desde moleque aprendeu a conviver com a luz na cara. Seja a incômoda lanterna de algum policial a serviço da ditadura, seja os holofotes potentes e frágeis do mundo do futebol. Para muitos, é o melhor comentarista da televisão brasileira. Identificado com o Corinthians, sempre foi respeitado pelos torcedores de todos os times, paulistas ou não.

Mas durante um ano, Casão viveu na escuridão. No porão dos próprios pesadelos. Internando numa clínica para dependentes químicos no interior de São Paulo, enfrentou um exílio forçado e conseguiu da opinião pública algo raríssimo hoje em dia. Respeito e solidariedade. Talvez para retribuir, do seu jeito, esta atitude generosa do público, Casagrande aceitou o convite do jornalista Gilvan Ribeiro. Juntos, eles cunharam um dos melhores livros do ano. “Casagrande e seus demônios”.

Casagrande é ídolo do escritor Marcelo Rubens Paiva, uma das melhores cabeças do país. “Casão faz questão de contar o inferno que viveu quando era viciado em drogas e sua internação, pois para ele é fundamental passar adiante a experiência, dividir as dores da dependência e alerter para os perigos de um vício frenético, sem preconceitos, desvios ou mentiras. A verdade ajuda a sanidade.”

Casagrande também é ídolo do escritor Antonio Prata: “Casagrande é um dos meus heróis –– e não estou falando só de futebol. Quantas pessoas por aí podem se orgulhar de ter gravado o nome nas súmulas dos principais jogos do país, nos anos 1980, e nos arquivos do SNI ( Serviço Nacional de Informações, órgão dedicado a espionar os cidadãos “suspeitos”, durante a ditadura)? Quantos podem dizer que subiram ao palco para cantar com a Rita Lee e ao palanque para lutar pelas diretas? Quantos, atuando numa das melhores equipes do futebol profissional brasileiro, arrumariam tempo para continuar jogando num time de várzea, o Veneno, da rua Jaborandi, e ainda ajudar a fundar um partido político, o Partido dos Trabalhadores?”

O livro é exatamente como os comentários de Casagrande. Franco, direto, profundo e sem a menor preocupação em agradar alguém ou fazer média. Gilvan Ribeiro passeia pela vida de Walter Casagrande Júnior por vezes em ordem cronológica, por vezes usando o recurso do “flashback” com sutileza, poesia e maestria.

Assim como um contra-ataque fulminante arquitetado por Biro-Biro, Zenon, Sócrates e Casagrande, o livro é cativante, rápido e difícil de largar. São 234 páginas que passeiam pela vida de um dos jogadores mais interessantes do futebol brasileiro. Por vezes maldito, por vezes corajoso, o atacante cabeludo de sotaque carregado e beiços atrevidos fez história em campo. E, depois que parou, precisou suar a camisa para não perder a partida mais importante da vida. A própria vida.

A primeira parte do livro é pauleira, como um rock ouvido no volume máximo. Gilvan Ribeiro nos conta as várias internações de Casagrande, antes e depois da Copa de 2006. Na Alemanha, ele foi curado e revigorado, trabalhou muito bem, mas os tais demônios suspenderam a trégua no Brasil. O que mais doía no coração do craque era como andava fazendo mal à própria família, já que conseguira esconder o vício da mulher e dos três filhos durante muito tempo. Antes da internação final, em 2007, Casão estava separado, recluso e solitário. Uma presa fácil, como ele mesmo conta.

“Eu tinha visões horríveis, tudo parecia muito real. estava assustado pra caralho, via demônios pelo apartamento inteiro. Eram maiores do que eu, com dois ou três metros de altura. alguns apareciam no quarto, outros na sala, e até uma imagem de mulher surgiu refletida na geladeira. Aí́ eu comecei a ficar com medo de ir à cozinha, já não comia, nem me sentava no sofá, porque eu os via em todos os lugares, todos os dias, constantemente. Não falavam ou me ameaçavam, mas a simples presença deles era aterrorizante. Isso durou um mês, sei lá, um mês e meio”, conta o ídolo.

Passado o inferno, o livro volta no tempo, pula o purgatório e chega ao paraíso. Se bem que na virada dos anos 70/80 era impossível chamar de paraíso um país sob as botas da ditadura militar. Mas o bairro da Penha, na Zona Leste de São Paulo, era onde Casagrande crescera e cultivara as grandes amizades da juventude. Lá começou a namorar, fumou maconha pela primeira vez, jogou bola até tarde da noite e levou as primeiras duras da polícia. É delicioso ser apresentado aos parceiros Cancela, Jajá, Marquinhos, Ocimar e Magrão ( não o Sócrates), que integravam a Turma do Veneno. O livro mergulha nesse jeito periférico de ser e explica as origens da coragem casagrandiana em dizer o que pensa.

Foi dizendo o que pensa que quase esculhambou a carreira, iniciado aos 13 anos na base do Corinthians. Brigou com o treinador Brandão em 1981 e foi emprestado para a Caldense. Seu Walter e Dona Zilda o ajudaram a segurar as pontas, sozinho em Poços de Caldas, e o retorno ao Parque São Jorge foi triunfal.

Já estamos no meio do livro e é hora de conhecer os bastidores da democracia corintiana. De como o jovem cabeludo se tornou um dos melhores amigos do jovem doutor Sócrates. Da confusão com o goleiro Leão, que chegou ao time e questionou a democracia, e do verdadeiro sentimento que ele tem pelo então desafeto político de mangas compridas.

“Tudo na vida de Casagrande orbitava em torno da experiência democrática no clube. no auge da empolgação, ele defendia com unhas e dentes os ideais de liberdade, engajava-se na luta pelas eleições diretas para presidente da república e pelo restabelecimento pleno dos direitos civis no país. Também concedia entre- vistas a respeito desses assuntos e estimulava um grande contingente de jovens a abraçar as mesmas causas: tornara-se um símbolo dos tempos de mudança que se anunciavam cada vez mais palpáveis. O regime militar tentava se manter a todo custo no poder, mas já dava sinais claros de esgotamento.”       

Casagrande brilhava em campo e nos palcos. Foi bicampeão paulista 82/83, conheceu artistas militantes e não via nas drogas um inimigo. Foi pego e preso numa blitz. Cocaína. Uma droga que ele já conhecia muito bem, mas que naquele dia garante que foi vítima de uma armação policial.

Os capítulos vão se seguindo frenéticos e cheios de informação e mergulhos deliciosos no passado. A relação de amor e ódio com Sócrates, sua ida para o Porto, as aventuras italianas no Ascoli e no Torino e a confissão de que jogou dopado quatro vezes. E que isso era normal. “Em geral, injetavam Pervitin no músculo. Instantaneamente, a pulsação ficava acelerada, o corpo superquente, com alongamento máximo dos músculos. Podia-se levantar totalmente a perna, a gente virava bailarina… (risos). Isso realmente melhorava o desempenho, o jogador não desistia em nenhuma bola. Cansaço? esquece… se fosse preciso, dava para jogar três partidas seguidas.”

Assim como a excelente biografia do tenista André Agassi, o livro sobre o Waltinho que virou Casão emociona e faz refletir. Como ficar indiferente a um parágrafo como este:

“Havia entrado em convulsão. O seu corpo se debatia e fazia uma tremenda barulheira ao se chocar com os ladrilhos e o vaso sanitário. Entretido com o computador, Leonardo ouviu o som da queda e tomou um susto. Veio correndo e bateu na porta: “Pai, pai, o que está acontecendo? O que está acontecendo?”, repetia, aflito. Casagrande ainda conseguiu responder: “Calma, não é nada”. Mas também falava palavras desconexas. só uma coisa passava por sua cabeça naquele instante: “eu não posso morrer aqui, com meu filho do lado de fora do banheiro. não posso morrer!”.

“Casagrande e seus demônios” já se tornou um livro obrigatório para quem gosta ou não de futebol, para quem gosta ou não do personagem-título. Gilvan nos mostra o lado humano e visceral de um garotão cabeludo que gostava de rock, futebol e aprendeu a querer mudar o país. Num mundo tão estranho e sem ideais como o de hoje, terminamos o livro com a estranha sensação de que, por vezes, os demônios somos nós mesmos.


Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/garamblog/2013/04/06/memorias-do-subsolo/

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

"Não funcionou"


Diz homem que foi internado à força...

O educador Adriano Camargo, 36, afirma ser um dependente em tratamento. Há cinco anos "limpo", diz que só deixou o crack após procurar ajuda sozinho.

"Já fui internado involuntariamente [a pedido de familiares] e compulsoriamente. Foram cinco vezes. A única que deu certo foi a última, quando fui por conta própria", afirma.

Segundo Camargo, um juiz o internou porque ele estava cometendo pequenos furtos. "Me livrei só quando fiquei num lugar que me mostrou que, antes do vício, eu tinha conflitos internos, familiares. Tratei disso e parei com o crack."

Fonte: Denise Chiarato
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1218447-nao-funcionou-diz-homem-que-foi-internado-a-forca.shtml

domingo, 20 de janeiro de 2013

Processo tem início e Odetinha pode se tornar 1ª santa carioca

Menina de 9 anos, morta na década de 30, pode se tornar a primeira santa do Rio de Janeiro












A Arquidiocese do Rio de Janeiro deu início de forma oficial, nesta sexta-feira, ao processo de beatificação de uma menina de apenas 9 anos que pode se tornar a primeira santa carioca da história da Igreja Católica. Odette Vidal de Oliveira, mais conhecida como Odetinha, morreu em 1939, vítima de meningite, e sua devoção e supostos milagres atraíram uma legião de católicos, que lotaram a igreja Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado, na zona sul do Rio, com missas ao lado dos restos mortais de Odetinha, no primeiro ato no caminho da beatificação.
Conheça o processo de beatificação e brasileiros que podem virar santos
"Quando há um certo clamor popular, a Igreja sempre procura investigar para poder colocar aquele ou aquela que morreu com fama de santidade como um exemplo de vida", explica o arcebispo do Rio de Janeiro, Don Orani Tempesta.
"Depois de consultarmos o Governo Diocesano e começarmos a deixar chegar a nós esses pedidos e discerni-los, encontramos alguns testemunhos que falavam sobre a Odetinha, que aqui no Rio tem uma fama de santidade, de uma pessoa que viveu uma vida cristã exemplar", completa.
O Vaticano já autorizou o prosseguimento do processo de beatificação da Santa Odetinha. O próximo passo será dado por peritos contratados pelo berço da Igreja Católica, que investigarão, via documentos históricos, se a candidata a santa carioca realizou milagres que a Medicina não conseguiu explicar. Uma destas supostas intervenções seria de uma mãe, na década de 50, que teria perdido muito sangue no parto, e estaria desacreditada pelos médicos. O poder de oração por Odetinha teria salvo sua vida.
Devota, Maria Celi Pires conta que teve contato com a candidata a santa ainda na década de 80, quando viajou para a Itália e se hospedou num convento. No seu retorno, as freiras pediram que ela trouxesse ao Rio de Janeiro algumas cartas, justamente para a casa onde Odetinha viveu, no bairro de Botafogo, também na zona sul. "Conheci a casa, a cama dela, os brinquedos. Ela viveu tão pouco, mas fez muito bem. Tinha certeza que ela viria a ser santa", conta.
Bastante emocionada, a fiel Jurassi Barbosa veio da região serrana do Rio, direto de Nova Friburgo, para agradecer ao que chama de intervenção da Santa Odetinha. Sua filha, Claudia, passou por uma delicada neurocirurgia, mas se recuperou sem sequelas. A sexta-feira, então, foi dia de agradecer. "Minha filha pediu para eu vir aqui e estamos em casa muito emocionados com a possibilidade de ela ser santa", explica.
"Odetinha é um exemplo para nós católicos pelo amor que ela teve a Santa Eucaristia", completa ainda Isabel de Souza, outra devota. De fato, a vida de Odetinha foi marcada pela devoção. Nascida em Madureira, no subúrbio, ela foi criada em Botafogo em família de classe média alta. Frequentou o Colégio Sion e fez a primeira comunhão, logo aos sete anos, no Colégio São Marcelo, da paróquia Imaculada Conceição.
A favorável condição social, no entanto, serviu de exemplo de humildade: relatos indicam que a pequena Odette fazia questão de fazer as refeições com os criados de casa. Não perdia uma missa e rezava o terço todos os dias. Após sua morte, seu exemplo se perpetuou entre os católicos. Seu túmulo, no cemitério São João Batista, um dos mais tradicionais do Rio, era muito visitado por fiéis - mais até do que a lápide de Carmem Miranda e Cazuza, por exemplo. Seus restos mortais foram exumados do local e ficarão agora na Basílica da Imaculada Conceição, em Botafogo, enquanto transcorre o processo de beatificação.

Fonte: Foto: Daniel Ramalho / Terra
ANDRÉ NADDEO
Direto do Rio de Janeiro

http://noticias.terra.com.br/brasil/processo-tem-inicio-e-odetinha-pode-se-tornar-1-santa-carioca,0501974237e4c310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

sábado, 19 de janeiro de 2013

A história de um guerreiro


Há 5 dias, uma história comovente e emocionante tem se espalhado país afora. Esse ano, acontece no Rio de Janeiro a Jornada Mundial da Juventude, o encontro reunirá jovens do mundo todo com o Papa Bento XVI e desde meados do ano passado, nós da juventude da Diocese de Ponta Grossa estamos mobilizados para que o maior número possível de jovens possa se fazer presente nesse encontro. A inscrição custa cerca de R$ 700,00 por jovem e cada paróquia tem se mobilizado para reunir a quantia para seus jovens. No domingo, dia 13, na paróquia Monte Claro em Ponta Grossa, os jovens, na pessoa do Felipe, agradeceram à comunidade a quantia arrecadada para a inscrição. Dois jovens, infelizmente mal intencionados, ficaram sabendo do fato e do valor que supostamente estaria em posse do Felipe e na noite do mesmo dia invadiram a sua casa pedindo o dinheiro, o Felipe reagiu e foi baleado no pescoço.

Na manhã da segunda-feira, quando recebi a notícia, fiquei chocada, quase como sem acreditar liguei contar para minha mãe, que tem um carinho enorme pelo Felipe, para que ela pudesse ter mais notícias. Logo, todos os amigos começaram a postar o ocorrido no facebook e nos unimos numa grande corrente de oração pela vida do Felipe. Rapidamente a história se espalhou e jovens dos quatro cantos do país relatavam estar unidos em oração por ele. Na segunda-feira o Felipe encontrava-se em coma na UTI, seu quadro era grave e uma missa reuniu mais de 50 jovens na capela do hospital onde ele se encontra. Terça, dia 15, foi aniversário do Felipe e já as primeiras notícias mostravam que Deus estava nos ouvindo e cuidava dele. Na quarta, pude estar no hospital, acompanhava minha avó a um exame e pude deixar à Fernanda, sua irmã, os abraços e carinhos dedicados ao Felipe e as notícias de que ele apresentava melhoras não cessavam. Diariamente o Pe. Clayton, que tem acompanhado o Felipe, tem testemunhado através do facebook sobre as visitas que o tem feito, na quarta, ainda sem poder falar devido aos tubos de respiração, Felipe soletrou com o auxílio do Padre e das enfermeiras E-U-C-A-R-I-S-T-I-A, ele desejava receber Jesus. Ontem, Pe Clayton atendeu seu pedido, os tubos de respiração foram retirados e o Felipe já falava com o Padre – uma vitória para quem se encontra com a garganta machucada devido aos tubos recém tirados:

“Perguntei se ele conseguiria engolir a Eucaristia, ele estava com a boca seca também pela medicação e haviam recomendado que toda alimentação não fosse via oral! Mas “para quem ama nada se tona pesado”… ele pediu a enfermeira um copo com água e disse: “já molho minha boca padre”… Ao ver isto meu coração recitava o Salmo “minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo!”… São lições do amor que a cruz da enfermidade nos ensina muito rapidamente e falam muito alto! A enfermeira estava com 5 seringas para aplicar os medicamentos, eu me afastei para não prejudicar aquele atendimento também necessário, ela carinhosamente se demorava em aplicar os medicamentos… mas sabe o que me chamava atenção? Que o Felipe desde que tomou água mesmo recebendo aqueles medicamentos doloridos fechou os olhos e ficou o tempo todo com a língua sobre os lábios… traduzia aquilo que o livro de Apocalipse diz: “Vem Senhor Jesus!”… Assim que foi possível ministrei a Eucaristia, perguntei-lhe se era necessário repartir um pedaço menor, ele disse decidido: “não!” Foi sua “primeira comunhão” desde que havia recebido esta “vida nova”… e apaixonado fechou os olhos para saborear o Encontro: “Quanto eu te esperei…ansioso queria te ver, e te falar… o que há em mim, já não podia me conter…” (diz a canção) foi um ABRAÇO DE PAI! E a surpresa… aquela hóstia foi instantaneamente absorvida pela sua boca, e seu corpo… Aquela fusão de Deus conosco!” Pe Clayton

Antes do Padre ir embora, Felipe pediu a ele que rezassem pelos seus movimentos

”Padre nesta Adoração que vocês farão, nas orações que cada pessoa fizer e mesmo no Cerco… peçam para que eu possa sentir meu corpo … peçam pelos movimentos do meu corpo!”

É esse pedido do Felipe que venho estender à todos vocês, católicos ou não, cada um com sua crença, peço que doem poucos segundos do seu tempo pedindo à Deus pelos movimentos do Felipe.

O Felipe é um guerreiro, já está brincando com as enfermeiras e ele está sendo testemunho vivo, exemplo para mim e para todos, no leito de uma UTI, não perdeu em instante algum sua alegria em viver e principalmente, sua Fé.

Fê, sua alegria sempre cativou à todos, não está sendo diferente nesse momento, Deus está com você e nós estamos em oração! Força!

Rezem, intercedam pelo Felipe e sei que logo que ele saia do hospital, um dos pedidos dele será para que rezemos pela conversão destes jovens que o balearam, antecipo aqui o pedido. Que o Beato João Paulo II, Beata Chiara Luce e Beato Pier Giorgio possam estar intercedendo por ele!


Fonte: POSTED ON 18 DE JANEIRO DE 2013 BY LARISSA LORRAYNE - Facebook

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ler poesia é mais útil para o cérebro que livros de autoajuda, dizem cientistas

Ler autores clássicos, como Shakespeare, William Wordsworth e T.S. Eliot, estimula a mente e a poesia pode ser mais eficaz em tratamentos do que os livros de autoajuda, segundo um estudo da Universidade de Liverpool publicado nesta terça-feira (15).

Especialistas em ciência, psicologia e literatura inglesa da universidade monitoraram a atividade cerebral de 30 voluntários que leram primeiro trechos de textos clássicos e depois essas mesmas passagens traduzidas para a "linguagem coloquial".
  
Os resultados da pesquisa, antecipados pelo jornal britânico "Daily Telegraph", mostram que a atividade do cérebro "dispara" quando o leitor encontra palavras incomuns ou frases com uma estrutura semântica complexa, mas não reage quando esse mesmo conteúdo se expressa com fórmulas de uso cotidiano.

Esses estímulos se mantêm durante um tempo, potencializando a atenção do indivíduo, segundo o estudo, que utilizou textos de autores ingleses como Henry Vaughan, John Donne, Elizabeth Barrett Browning e Philip Larkin.

Os especialistas descobriram que a poesia "é mais útil que os livros de autoajuda", já que afeta o lado direito do cérebro, onde são armazenadas as lembranças autobiográficas, e ajuda a refletir sobre eles e entendê-los desde outra perspectiva.

"A poesia não é só uma questão de estilo. A descrição profunda de experiências acrescenta elementos emocionais e biográficos ao conhecimento cognitivo que já possuímos de nossas lembranças", explica o professor David, encarregado de apresentar o estudo.

Após o descobrimento, os especialistas buscam agora compreender como afetaram a atividade cerebral as contínuas revisões de alguns clássicos da literatura para adaptá-los à linguagem atual, caso das obras de Charles Dickens.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1215067-ler-poesia-e-mais-util-para-o-cerebro-que-livros-de-autoajuda-dizem-cientistas.shtml

sábado, 5 de janeiro de 2013

GOVERNO GASTOU 1% DA VERBA DE DESASTRES


Só 1% da verba para desastres foi gasto
O Ministério da Integração Nacional executou menos de 1% dos recursos destinados no Orçamento de 2012 para a prevenção...

O Ministério da Integração Nacional executou menos de 1% dos recursos destinados no Orçamento de 2012 para a prevenção de desastres naturais. A rubrica específica teve dotação de R$ 139 milhões, mas somente R$ 957 mil foram pagos. Há ainda outras duas rubricas que se referem a resposta às tragédias, com execuções de 43% e 66%. A pasta sustenta que os recursos foram empenhados e o dinheiro deve ser liberado ao longo deste ano.

No ano passado, os pagamentos foram feitos basicamente com restos de orçamentos anteriores. O total pago chegou a R$ 84 milhões, o equivalente a 60% do que deveria ter sido executado só com recursos novos.

A pasta afirma que os projetos de prevenção demoram de um a dois anos para ser realizados, o que justificaria a execução baixa. Afirma que os empenhos garantem que as obras serão levadas adiante. Outra explicação dada para a baixa execução é a falta de qualidade dos projetos enviados pelas prefeituras que receberão os recursos.

Segundo o ministério, muitos chegam incompletos ou malfeitos e o trabalho de adaptação atrasa a realização das obras. Restam R$ 563,1 milhões empenhados para ser investidos na prevenção a desastres. O ministério informou ainda que foram pagos R$ 66,6 milhões em drenagem urbana e combate a erosão, feitos com restos a pagar, já que não havia recurso previsto para 2012.

Resposta. Mesmo na rubrica de "resposta a desastres e reconstrução", que deveria ter como foco o atendimento a emergências, a pasta não executou toda a verba disponível. A dotação foi de R$ 337 milhões e somente R$ 225,7 milhões foram pagos, 66,7% do total. Foram liquidados ainda outros R$ 292,5 milhões de orçamentos de anos anteriores. Para 2013, ficaram outros R$ 240 milhões ainda não pagos.

A pasta ressalta que os recursos totais em ações da União pagos no ano passado chegaram a R$ 7,7 bilhões envolvendo oito ministério e um banco público. Nessa conta, porém, estão crédito para agricultores atingidos por secas, aluguel de caminhões-pipa, construção de cisternas, recursos do programa Minha Casa, Minha Vida usados para retirar moradores de áreas de risco ou desabrigados e até a transposição do Rio São Francisco.

Mesmo quando apresenta o volume global de despesas, o governo deixa transparecer a baixa execução. Nesse pacote de ações listados como "recursos federais para enfrentamento a desastres naturais", estavam previstos investimentos de R$ 12,48 bilhões, dos quais só R$ 5,38 bilhões foram aplicados, o equivalente a 43%. Os outros R$ 2,34 bilhões foram quitados com base em sobras de orçamentos.

Fonte: Estadão