Crianças na escola em Niger - Africa
O mundo
dominado pelo capital não perdoa, mas principalmente não compartilha. Vivemos a
era da corrupção, da cocaína e do aborto. Três elementos que transformam o
mundo para pior, os pobres mais pobres, destroem a família e mantêm parte da
população na extrema miséria. A atitude de Christine Lagarde e louvável e de
extrema coragem.
Valoriza a vida!
Segue a reportagem sobre o assunto que retiramos do Jornal
Folha de São Paulo.
25/05/2012 - 20h03
Crianças africanas precisam de mais
ajuda que gregos, diz Lagarde
FOLHA DE SÃO PAULO
A diretora-gerente do
FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, endureceu o discurso
contra a Grécia em uma entrevista publicada pelo jornal "The
Guardian" nesta sexta-feira. A chefe da instituição disse ter mais simpatia
pelas crianças africanas que pelos gregos que estão empobrecendo com a crise
financeira.
Questionada pela
publicação sobre as reclamações de pais gregos cujos filhos não terão acesso ao
sistema de educação do país de forma gratuita após os ajustes propostos pela
organização para solucionar a crise, Lagarde disse pensar mais nas crianças do
Níger, país da África subsaariana.
"Eu penso mais
nas crianças de uma escola em um vilarejo no Níger que estudam duas horas por
dia, sentando em uma cadeira que serve para três e são interessadas em ter
educação. Tenho elas no meu pensamento todo tempo, porque penso que precisam de
mais ajuda que as pessoas em Atenas".
Aos pais de crianças
gregas, afirmou que devem assumir a responsabilidade caso as crianças sejam
afetadas pelos cortes de gastos. "Os pais devem pagar as suas
contas".
RETRIBUIÇÃO
Na entrevista, a chefe
do FMI insistiu que é o momento de retribuição das autoridades gregas ao acordo
feito com a organização e a União Europeia para conceder um resgate de € 130
bilhões e deixou claro que não vai diminuir as exigências de austeridade ao
país europeu.
"Você sabe o quê?
Ao mesmo tempo que a Grécia está preocupada, eu penso toda hora nas pessoas que
tentam fugir de seus impostos. Acredito que eles poderiam ajudar a si próprios
coletivamente, pagando suas contas".
A entrevista de
Lagarde vem após uma discussão no governo da Grécia para discutir a diminuição
das receitas fiscais, que caíram um terço em um ano. Um dos compromissos
firmados com os gregos foi a implantação de um mecanismo para melhorar a
arrecadação.
A chefe do FMI também
negou que o país europeu sofra um tratamento mais brando que um país pobre do
mundo em desenvolvimento e que o fundo não acha difícil impor as mesmas regras
a um Estado rico.
"Essa é minha missão no fundo, e o meu trabalho. E digo
uma coisa: às vezes é mais difícil dizer a um governo de um país mais pobre,
com renda de US$ 3.000 por ano, para reduzir o Orçamento e o deficit, porque
sei o que significa em programas de bem estar e redução da pobreza".
Nenhum comentário:
Postar um comentário